Mestra em Direitos Fundamentais e Conselheira Estadual dos Direitos das Mulheres, Sandra Regina Alves Teixeira (de vermelho) falou sobre a organização dos movimentos sociais femininos.
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A historiadora Leila Mourão Miranda (de branco) se disse preocupada com os direitos das mulheres que estariam sendo violados.
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O presidente da IOE Jorge Panzera destacou a importância do papel desenvolvido pelas mulhefes, seja na autarquia, seja na sociedade em geral.
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Para
discutir o tema “A luta histórica pela emancipação das mulheres e os desafios
atuais”, que fez parte da programação pelo Dia Internacional da Mulher, a
Imprensa Oficial do Estado (IOE) realizou nesta segunda-feira, 11, uma mesa de
debates com a presença da mestra em Direitos Fundamentais e conselheira estadual
dos Direitos das Mulheres, Sandra Regina Alves Teixeira, e a historiadora Leila
Mourão Miranda.
Com um corpo
de servidores formado pela maior parte de mulheres, o presidente da IOE Jorge
Panzera, além de parabeniza-las pela data, destacou a importância do papel desenvolvido
por elas, seja na autarquia, seja na sociedade em geral.
Panzera
lembrou o papel fundamental da mulher como geradora de vidas, pois “só a
mulheres podem ser mães”, pontuou, acrescentando que o esforço de gerar uma
sociedade mais igualitária passa pelo respeito à diferença. “Isso só se faz com
a união de homens e mulheres”.
Segunda
Sandra Teixeira foi fundamental a organização dos movimentos sociais femininos
para consolidar os direitos de emancipação social, politico e econômico das
mulheres.
“As mulheres
conquistaram o direito à educação, a entrada no mercado de trabalho, mas de
certa forma não há uma igualdade de direitos” pondera.
Teixeira
acredita que as mulheres continuam sendo discriminadas, estigmatizadas, “embora
exista um arcabouço da legislação que protege as mulheres, como a Lei Maria da Penha,
a Lei do Feminicídio, das medidas protetivas, mas a gente percebe as inúmeras
violações em relação e esses direitos”.
A
historiadora Leila Mourão Miranda, traçou um panorama sobre a condição feminina
ao longo da história, mostrando as diversas fases por que a mulher passou. “No
Brasil é uma longa luta que ainda não chegamos ao fim. Ao longo da história a
mulher foi considerada uma cidadã sem nenhuma categoria, depois de segunda
categoria, só no século XX é que ela vai despontar como uma cidadã, com direito
ao voto” relatou.
Leila Mourão
Miranda destacou, ainda, a desigualdade salarial entre homens e mulheres,
citando a pesquisa do IBGE da semana passada que demonstrou que as mulheres, de
maneira geral, recebem 20% a menos que os homens exercendo a mesma função. “O que observamos é que uma série de
conquistas já consolidadas estão sendo perdidas. A reforma trabalhista veio e
quem foi mais prejudicado foram às mulheres. O pacote anticrime também me
preocupa muito”, finalizou.
Texto: Ronaldo Quadros
Ascom IOE
Fonte: Imprensa Oficial