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Imprensa Oficial debate criação
de editora pública no Estado
17/04/2019
Eduardo Rosas/IOE
O evento reuniu representantes de editoras locais, da Academia Paraense de Letras, e escritores no auditório da autarquia.

Como parte das comemorações pelos 129 anos de fundação da Imprensa Oficial do Estado (IOE), ocorrido no último dia 14, foi realizado na manhã desta quarta-feira, 17, um debate sobre o papel do Estado no incentivo à leitura e produção literária. O evento reuniu representantes de editoras locais, da Academia Paraense de Letras, e escritores no auditório da autarquia. O objetivo do encontro foi reunir subsídios para a criação da Editora Pública que está em fase de elaboração pela IOE.

Alcyr Meira, presidente da Academia Paraense de Letras foi um dos presentes no encontro. Ele disse que a criação da Editora Pública será uma das missões mais importantes da autarquia. E classificou de “momento histórico” para a trajetória da Imprensa Oficial.

“Essa editora que se pretende criar é de extrema importância, pois a edição de livros é fundamental para a cultura e a educação. É, sem dúvida alguma, um marco para a cultura paraense”, louvou.

O escritor Alfredo Garcia enalteceu a proposta da editora pública e fez uma linha do tempo lembrando que sua vida literária está intimamente ligada à autarquia.  “O meu primeiro livro, fruto de um prêmio da Academia Paraense de Letras, foi editado pela Imprensa Oficial. E tive a felicidade de, também pela IOE, lançar um livro com os poemas de Antônio Tavernard. Então, só tenho a agradecer a esta casa e louvar a iniciativa da criação da Editora Pública que vai oportunizar que outros escritores tenham a mesma felicidade que a minha, de ter suas obras editadas com toda a qualidade gráfica com que são impressos os livros na gráfica desta casa”, pontuou.

“A criação de uma editora pública, tem que fazer parte de um projeto mais amplo que envolva políticas públicas voltadas para a leitura, para a produção editorial. Se não estiver inserida em uma política mais ampla, poderá esbarar na dificuldade de recursos”, alertou Armando Alves, da Editora Paka-Tatu.

“A produção de livros é muito cara. E essa limitação de recursos acaba não permitindo que ela atenda as necessidades que são postas por aqueles que geram conhecimento”, completou.

Segundo o presidente da IOE, Jorge Panzera, o encontro “é um esforço que estamos fazendo no sentido de buscar subsídios para a criação da Editora Pública, ouvindo que tem arcabouço sobre a produção literária no estado” atestou.  “E esse debate é importante pra gente saber qual é o melhor caminho para a construção da editora que estamos criando”, informou Panzera.

Fonte: Imprensa Oficial