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Lançamentos fazem sucesso na 23ª Feira do Livro
10/09/2019
ASCOM/IOE
Flauta de Bambu de Haroldo Maranhão
ASCOM/IOE
Cabanagem - Documentos Ingleses
ASCOM/IOE
A colônia união e a luta pela terra na rodovia Belém-Brasília
ASCOM/IOE
Sátiras de um ribeirinho de Epaminondas Gustavo e Líricas ribeirinhas e outras margens de Claudio Rendeiro
ASCOM/IOE
ASCOM/IOE
Jorge Panzera - presidente da IOEPa
ASCOM/IOE
Neide Almeida - gerente de comercial da IOEPa
ASCOM/IOE
Estande da Imprensa Oficial


O lançamento de 10 títulos inéditos e os relançamentos de outros quatro livros marcaram de forma positiva a participação da nova gestão da Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa), na 23ª Feira do livro e das Multivozes, ocorrida de 24 de agosto a 1º de setembro, no Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará. De acordo com a Gerente de Comercial da Ioepa, Neide Almeida, o estande da Imprensa Oficial teve uma das participações mais marcantes em todas as edições do evento. Ela destacou o sucesso de vendas do livro de crônicas “Flauta de Bambu”, do paraense Haroldo Maranhão, como o recordista de vendas das publicações ofertadas este ano pela editora pública da Ioepa para a Feira do Livro.

Ela informou ainda outros lançamentos que tiveram uma boa vendagem os livros: “A Colônia União e a Luta Pela Terra na Rodovia Belém-Brasília”, uma obra que resgata o conflito agrário de uma ocupação ocorrido naquela rodovia entre as décadas de 80 e 90, escrita por Marcos Carmo de Almeida; e “Heróis do País da Cabanagem”, poesias em forma de cordel de Jetro Fagundes. “Houve um aumento de 30% nas vendas dos livros da Ioepa este ano, em relação ao ano passado”, informou Neide Almeida. Alguns livros do acervo da Ioepa como “Cabanagem – Documentos Ingleses”, de David Cleary, e “Romanceiro da Cabanagem”, poesias de José Ildone; e “Sátiras de um Ribeirinho/Líricas Ribeirinhas e Outras Margens”, de Cláudio Rendeiro, também tiveram vendas expressivas, segundo Neide Almeida.

Chuva de livros - Quem conhece Belém do Pará, dizer que a chuva é uma presença diária na cidade não é um exagero, nem uma figura de linguagem, mas sim, uma constatação. Sendo assim, não há estranhamento na definição do presidente da Ioepa, Jorge Panzera, acerca da realização da 23ª Feira do Livro e das Multivozes. “Belém viveu uma chuva de livros; com a programação espetacular realizada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), comandada pela secretaria Úrsula Vidal. Livros e literatura de vozes diversas tomaram conta de nossa cidade. Nós, da Imprensa Oficial, tivemos a alegria de participar desse movimento importante que a sociedade paraense, em especial a de Belém, viveu em torno do livro e da literatura, da escrita, da ciência e do conhecimento”, definiu Panzera.


Jorge Panzera destacou como momentos mais importantes para a Ioepa e para os paraenses, a assinatura do decreto pelo governador Helder Barbalho, na abertura da 23ª Feira do Livro (24 de agosto), outorgando à Imprensa Oficial a capacidade de produzir e imprimir livros, com a criação da Política Pública Literária do Estado do Pará, que estabelece uma política de publicações de livros, revistas, jornais, e-books e cartilhas para o Estado do Pará e, a partir da criação da editora; e o lançamento do edital Prêmio Literário Dalcídio Jurandir 2019, que premiará obras literárias inéditas sobre a cultura e a literatura paraenses. “Criar a editora e lançar o Edital Dalcídio Jurandir foram dois grandes acontecimentos; que serão memoráveis não só para essa Feira o Livro, mas para o futuro da caminhada da Ioepa e do Estado do Pará”, definiu Jorge Panzera.


O presidente da Ioepa explicou as quatro linhas de atuação da editora pública: a primeira diz respeito à reedição de livros e trabalhos fora de catálogo; uma segunda linha é a de editais públicos, na qual se insere o Prêmio Dalcídio Jurandir; outra linha é ligada às publicações científicas, acadêmicas e relações interinstitucionais, para valorizar os trabalhos selecionados em parceria com as universidades e instituições. A quarta linha editorial é a de publicações comerciais, que atende os autores que desejam pagar para ver impressas suas obras. “No tocante à primeira linha de atuação da editora, a reedição de ‘Flauta de Bambu’, do escritor paraense que se radicou no Rio de Janeiro, Haroldo Maranhão, nos enche de orgulho. Os leitores do Pará terão a oportunidade de voltar a ler ‘Flauta de Bambu’ após mais de 30 anos de sua primeira impressão, em edição e revisão ortográfica atualizada. Trata-se de uma das obras mais importantes de Haroldo Maranhão, considerado um dois maiores escritores brasileiros. O livro foi lançado no último dia 25 de agosto, no estande da Ioepa, na Feira do Livro e das Multivozes. A obra foi escolhida pelo jornalista e crítico literário Elias Ribeiro Pinto, que, a convite de Ioepa, cuidou dessa segunda edição, que contou ainda com a revisão cuidadosa de Paulo Maués Corrêa. Republicar esta obra de Haroldo Maranhão é um orgulho imenso para a Ioepa”, afirmou Panzera.


Editora pública - Moisés Alves, da equipe de coordenação da editora pública da Ioepa, responsável pela elaboração do edital, explicou que com a reapresentação da obra “Flauta de Bambu”, a editora abre a chance para que os leitores ávidos por conseguir acesso a esses escritores possam adquirir suas obras. Ele informou que a Ioepa negociou os direitos autorais de outra obra de Haroldo Maranhão, que também está fora de catálogo: “Os Anões”. “Então, este outro livro também será publicado pela Ioepa futuramente. Logo que pudermos, vamos oferecer ao público paraense mais um livro desse escritor, que estava ausente das nossas vidas”, disse Moisés Alves.


Ele destacou a importância do lançamento do Edital Prêmio Dalcídio Jurandir 2019 para novos escritores e os que têm trabalhos inéditos e não conseguem publicar. “Acreditamos que por meio de concorrência pública nós damos chances iguais para todo mundo, para todo o Estado. E esse é o objetivo principal desse nosso primeiro edital: deixar vir a público, livros e trabalhos inéditos”, observou Moisés Alves. Ele informou que o edital foi lançado na quinta-feira no último dia 27 de agosto que contará com a premiação de 13 livros, sendo 12 em prosa (um livro para cada microrregião do Estado); e uma coletânea de poesias com pelo menos 10 poesias de um autor de cada uma dessas microrregiões do Pará.

Entre as parcerias institucionais que a Ioepa fez este ano, a firmada com a Secult teve importância fundamental para o reconhecimento da importância da obra do violonista Sebastião Tapajós. “Ioepa e Secult se uniram para homenagear o grande violonista Sebastião Tapajós, que teve 25 de suas composições cifradas e uma pequena biografia que foram objetos do primeiro volume do selo ‘Violões do Pará’. Juntamo-nos às homenagens a esse grande artista, nascido entre Alenquer e Santarém, isso só nos traz muita alegria. A Ioepa teve uma satisfação enorme de participar desse momento histórico para a cultura paraense”, falou o integrante da editora da Ioepa.


Moisés Alves destacou ainda as parcerias com a Academia Paraense de Letras (APL) em dois importantes lançamentos: “Olhos de Ressaca” (romance) e “Efemérides” (crônicas). “Essa parceria com a APL é uma garantia para o autor que ganha o prêmio Samuel Wallace Macdowell, em suas diversas categorias, que ele terá sua obra publicada”, afirmou Moisés Alves.

Mais duas feiras - Os próximos passos da editora da Ioepa já estão sendo planejados: a participação em mais duas edições da 23ª Feira do Livro e Multivozes, que estão sendo preparadas para as cidades de Marabá e Santarém, nos meses de setembro e novembro, respectivamente. “Para as feiras que ocorrerão em Marabá e Santarém, o público terá acesso ao estande da Ioepa e haverá o lançamento de livros de autores das duas cidades”, informou Moisés Alves. Ele ressaltou qual é a missão da editora pública, em sua opinião: “Nós vamos preparar mais a cultura do livro, da literatura, da ciência e da cultura como elementos centrais da valorização da pessoa. O poeta João de Jesus Paes Loureiro, o nosso homenageado na Feira do Livro deste ano, disse que o livro ‘é a felicidade encadernada’. E nós queremos dizer aos escritores que produzam as suas felicidades, que vamos estar abertos para, na medida do possível, encaderná-las e direcioná-las à sociedade paraense e fazer girar a roda da cultura do livro, da leitura e da sabedoria, para melhorar a vida das pessoas.”


Serviço: O público do Pará e do Brasil podem obter informações e/ou adquirir todas as obras (lançamentos e acervo) por meio da Loja da Ioepa em Belém, na travessa do Chaco, 2271, no bairro do Marco, telefone (91) 4009-2810. Ou pelo site da Ioepa (www.ioepa.com.br).

Texto: Ailson Braga
Fotos: Thamiris Dias, Danilo Lima, Eduardo Rosas e Julie Rocha

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