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Rodrigo Moraes: 1 ano de existência da editora pública
28/08/2020
Eduardo Rosas/Ascom Ioepa
Rodrigo Moraes, coordenador da Editora Pública Dalcídio Jurandir

Por Ailson Braga

Em entrevista para o site da Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa), o coordenador da Editora Pública do Pará Dalcídio Jurandir, Rodrigo Moraes, avalia o trabalho quando ela completa um ano de existência. Rodrigo Moraes fala ainda dos próximos passos da editora e de como ela se insere no contexto da cultura, de uma forma mais ampla, e na literatura local, de forma mais específica.

Como o senhor avalia o trabalho da Editora Pública do Pará Dalcídio Jurandir neste primeiro ano de atuação? 

Rodrigo Moraes - Durante um ano de editora nós tivemos grandes conquistas. Em especial na consolidação de política pública de democratização do acesso de autores e escritores à publicação de suas obras. Durante este primeiro ano de trabalho da atual gestão do governo Helder, nós fizemos mais de 29 livros e fechamos várias parcerias com o Instituto do Patrimônio Histórico e artístico Nacional , o Iphan), com a Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult) e com a Universidade do Estado do Pará (Uepa). Esta, na perspectiva da publicação de obras literárias do ponto de vista científico e cultural. Então o nosso trabalho tem desenvolvido bons frutos. 

Nós fizemos livros em várias regiões do Estado, em quase todas as regiões do Estado, a partir do Edital Prêmio Literário Dalcídio Jurandir, que teve sua primeira versão em 2019, e da nossa participação na 23ª Feira do Livro e das Multivozes e nas Feiras Literárias. Então, durante esse um ano, muitas coisas aconteceram. Coisas positivas. Mas ainda temos um longo caminho de consolidação, de um ajuste para que os escritores e autores paraenses possam ter, de fato, um espaço de publicação de suas obras e de divulgação da arte e da cultura locais. Fizemos coisas importantes, mas devemos ter o olhar voltado para o futuro; para outras coisas que devemos fazer, coisas importantes que eu tenho certeza que virão pela frente. 

Qual o diferencial que a editora pública trouxe para a gestão da Ioepa?

RM - Eu acho que a gente consegue mostrar para a sociedade que a Imprensa Oficial tem um compromisso social também com a literatura e com a cultura paraenses.  A Ioepa, a partir dessa nova gestão do presidente Jorge Panzera, foi que pensou na editora; formatou e construiu de fato essa editora pública; foi que pensou nesse novo formato de ação e de uma política pública para impressão de obras. 
A partir disso, é muito interessante ver como a Editora Dalcídio Jurandir foi se consolidando enquanto um espaço para a sociedade ter acesso à cultura e à disseminação de suas obras literárias. Então, eu tenho certeza que a editora ajudou muito a consolidar, inclusive, esta gestão da Ioepa. Nós somos também um marco para Ioepa. 

Destaque as principais realizações da editora.

RM - Como eu disse anteriormente, nós fizemos mais de 29 obras, lançamos dois editais, o edital “Dalcídio Jurandir” que vai premiar 12 livros de todas as regiões do Estado; fizemos uma parceria com a Uepa, na qual nós vamos publicar oito obras científicas; participamos de vários eventos literários, de feiras do Livro, relançamos obras importantes como “Tupaiulândia”, de Paulo Rodrigues dos Santos, e “Flauta de Bambu”, de Haroldo Maranhão; além de ações nas universidades com vendas de livros, levando para o interior da universidade e para o Interior do Estado, as produções literárias da nossa editora e da Ioepa

Fale sobre as linhas editoriais da editora. Quantas e quais são elas?

RM - As nossas linhas editoriais são quatro. Essas linhas foram estabelecidas no decreto que criou a editora, que criou a política pública, que são: as parcerias comerciais, o relançamento de autores paraenses que estão fora de catálogo, as parcerias institucionais e os editais públicos.
A primeira estabelece que nós somos, também, uma editora comercial. Então, o autor que quer pagar pelo seu livro, pode procurar a editora, que a gente faz uma parceria bem interessante do ponto de vista comercial. 

A segunda é o relançamento de autores paraenses que estão fora de catálogo. Nós já fizemos isso em várias regiões do Estado e, estamos buscando agora fazer também com autores como, Haroldo Maranhão, Max Martins, Eneida de Morais, etc. Autores que têm uma contribuição social histórica muito grande no Estado e que, há muito tempo não são publicados. Nós estamos trabalhando nessa linha editorial também.

A terceira linha é a das parcerias institucionais. Nós já fizemos parcerias com a Secult, Ipham, Uepa, entre outras. As parcerias são muito interessantes porque buscam valorizar as relações que se estabelecem com outros órgãos do Estado. 
E por fim, os nossos editais públicos de publicação de livros. Essa linha editorial democratiza o acesso, demonstra clareza com a coisa pública, com o quadro de jurados extremamente competentes. Sendo assim, essas linhas editoriais só mostram o tamanho da responsabilidade que a editora tem.

Quais os próximos passos da Editora Pública do Pará Dalcídio Jurandir?

RM - Os próximos passos agora são: manter nossa linha de publicação, buscar desenvolver editais que possibilitem mais pessoas a terem acesso, criar uma possibilidade de distribuição mais eficaz desses livros em parceria com a própria Ioepa, além da criação de uma loja virtual no site, na qual as pessoas possam comprar e possam acessar as obras. Estes são projetos de um futuro próximo, que eu acredito que posso melhorar o desenvolvimento da editora como um instrumento de publicação, de distribuição e de divulgação da cultura local.

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