O Dia
Mundial do Livro e do Direito do Autor é comemorado nesta terça-feira, dia 23
de abril. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o brasileiro
lê, em média, 2,43 livros por ano e o desafio continua a ser incentivar a
leitura.
Como?
Para
Elisabete Veras, analista de cultura do Departamento Nacional do Sesc e uma das
responsáveis pela Rede Sesc de Bibliotecas, é importante que haja uma relação
direta com o público. “O leitor precisa ter contato com o livro e também é
importante o contato com o universo da leitura de outras maneiras, de forma
coletiva, como exposições, contação de histórias, recitais. O estímulo e o
contato com a leitura podem vir de diferentes maneiras”.
Para ler é
preciso ter acesso ao livro. Óbvio? Em um país como o Brasil, nem sempre é. No
caso do Sesc, os livros chegam até os leitores em unidades móveis, vans, que
carregam uma biblioteca na bagagem, nada menos que 200 mil livros. “Percorremos
os grandes centros, mas também alcançamos lugares distantes do Brasil, muitas
vezes, aquele é o único contato que aquelas pessoas têm com livros”, conta.
As dimensões
territoriais do Brasil são, por si, um desafio. E as condições muitas vezes não
são favoráveis, quando a população não tem as necessidades básicas atendidas,
fica difícil falar em livros. Daí, na concepção de Elisabete, a necessidade de
envolver o leitor de diferentes maneiras.
É importante
abrir as portas das bibliotecas ou salas de leitura, mas se não tiver um
estímulo, não será o suficiente. Nem sempre o caminho da leitura é fácil, é
preciso que haja mediação, incentivo. Um ambiente agradável e outras formas de
apresentar o texto são atrativos para o leitor.
Internet
versus Papel?
A internet
tem sido um facilitador para o acesso à informação e a leitura. “Mas o livro
físico ainda é o principal meio de acesso à leitura, muitas vezes o primeiro
contato com a obra é digital, mas o relacionamento com o texto literário se dá
via papel”.
E para quem
pensa que leitura é coisa para os maios velhos, uma surpresa: os livros mais
emprestados pelas bibliotecas do Sesc são focados no público jovem e
infanto-juvenil: Diário de um Banana, a saga do bruxinho Harry Potter e A Culpa
é das Estrelas são os preferidos dos leitores.
“Os números
de leitura ainda são baixos no Brasil, isso é fato, temos um longo caminho a
trilhar, é preciso integrar os leitores, promover interação com outras
linguagens para que esses índices possam melhorar”.
Fonte: R7
Fonte: Imprensa Oficial