O livro pode ser adquirido na sede da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), na Travessa do Chaco, 2271, em Belém.
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O livro
Waldemar Henrique – Canções, editado pela Imprensa Oficial do Estado, em
parceria com a Fundação Carlos Gomes, faz uma síntese do pensamento musical
paraense.
“Waldemar
Henrique é a grande fonte de inspiração dos compositores e interpretes e
intérpretes, que de alguma forma tem ligação com essa misteriosa e fantástica
região que é a Amazônia” aponta o maestro Paulo José Campos de Melo, sobre a
segunda edição da obra, lançada em 2011.
O livro pode
ser adquirido na sede da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), na
Travessa do Chaco, 2271, em Belém.
Por muitos
anos a obra do maestro ficou inédita, em manuscritos dispersos. Waldemar
Henrique nasceu em Belém, no dia 15 de fevereiro de 1905, num sobrado na Rua
Nova de Santana (Rua Manoel Barata).
Waldemar
Henrique era filho de um descendente de portugueses e de indígenas. Depois de
perder a mãe muito cedo, foi com o pai para Portugal, retornando ao Brasil em
1918. A partir de então viajou pelo interior da Amazônia, época em que travou
contato com os elementos da cultura e do folclore amazônicos que seriam mais
tarde característicos de sua obra musical.
A primeira
música de sucesso de Waldemar Henrique foi Minha Terra, composta em 1923. Em
1929 estudou no Conservatório Carlos Gomes. Sua família era contra, e seu pai
insistiu para que ele se desviasse de sua vocação empregando-o num banco.
Mudou-se
para o Rio de Janeiro em 1933, onde estudou piano, composição, orquestração e
regência. Suas obras têm principalmente como tema o folclore amazônico,
indígena, nortista e brasileiro. Waldemar Faleceu em 29 de Março de 1995 aos 90
anos vítima de Câncer
Waldemar
Henrique da Costa Pereira nasceu na cidade de Belém, estado do Pará, no dia 15
de fevereiro de 1905. Sua mãe, Joana da Costa Pereira, era de origem indígena e
morreu quando Waldemar Henrique tinha um ano de idade, tendo sido ele criado
por sua tia, Estefânia Rosa da Costa, que casou-se com seu pai, Thiago Joaquim
Pereira, português.
Sua infância
foi vivida na cidade do Porto, em Portugal, país que lhe inspirou
posteriormente a composição de três canções. Waldemar Henrique possuía sérios
problemas de vista, que foram descobertos aos seis anos de idade, enquanto
estudava em uma escola em Portugal. Antes disso, achavam que ele era uma
criança um pouco lenta e desajeitada, que deixava os copos caírem e esbarrava
nas cadeiras. Levaram-no ao oftalmologista por recomendação da professora, e
foi prescrito que começasse a usar óculos, mas sempre os quebrava em suas
brincadeiras. Por isso proibiram-no de brincar, o que fez dele um menino
extremamente observador e pensador (PEREIRA, 1984, pp. 21–22). Em sua
maturidade, afirmou ter tido dificuldades com sua visão desde criança e, desde
então, se consultava frequentemente com oftalmologistas.
Em 1918, aos
13 anos, retornou a Belém, quando começou a estudar piano. Em 1929, aos vinte e
quatro anos, ingressou no Conservatório Carlos Gomes com forte incentivo do
professor e maestro italiano Ettore Bosio. Fez curso de regência com Arthur
Bosmans, mas não pretendia seguir carreira devido a seus problemas de visão,
como glaucoma e catarata, que pioravam a cada ano e que, ao final de sua vida,
o fizeram quase cego.
Waldemar
Henrique era um adepto da música tradicional. Conheceu Hans Joachim
Koellreutter (1915 - 2005) e dizia não se identificar com aquele estilo
experimental. W. Henrique ganhava a vida com sua música, que era bem aceita.
Ele admirava seu próprio trabalho e vivia perseguindo a composição de uma
obra-prima (CLAVER FILHO, 1978, p. 72). Talvez ele tenha feito não somente uma,
mas várias, já que mais de cento e cinquenta canções, além de peças para piano
solo, coro, orquestra e música para novela, teatro e filmes, formam a obra do
compositor. Muitas delas, na primeira escuta já agradam a todo tipo de ouvido e
seduzem a tantos músicos, que frequentemente recorrem à obra do compositor para
fins de estudo ou para incrementar seu repertório.
Suas obras
têm principalmente como temas o folclore amazônico, indígena, nordestino e
afro-brasileiro. É autor da primeira versão musical (1958) de Morte e Vida
Severina, de João Cabral de Melo Neto, poema dramático premiado pelo Jornal do
Comércio.
Rádios,
teatros e cassinos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte foram os
locais onde W. Henrique mais atuou. Excursionou também por várias outras
cidades do Brasil e pelo exterior, como na Argentina, Uruguai, França, Espanha
e Portugal. Por mais de dez anos, o compositor dirigiu o Theatro da Paz em
Belém do Pará, cidade onde, em setembro de 1979, foi inaugurado um teatro para
220 pessoas, batizado com seu nome.
Waldemar
Henrique morreu no dia 27 de março de 1995, sem sofrimento, de causas naturais,
um mês e meio após ter completado noventa e um anos de idade. (Informação
fornecida por Sebastião Godinho, amigo e ex-secretário particular de Waldemar
Henrique, em novembro de 2005, via telefone.)
Canções
Boi-Bumbá
Foi Bôto,
Sinhá!
Cobra-Grande
Tamba-Tajá
Matintaperêra
Uirapuru
Curupira
Manha-Nungára
Fiz da Vida
uma Canção
Trem de
Alagoas
Cabocla
Bonita
Essa Nega
Fulô
Fonte: Imprensa Oficial