Rodrigo Moraes (coordenador da Editora Pública) e Moisés Alves (coordenador do Prêmio Literário)
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A Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa) divulgou nesta quinta-feira (25) o resultado final do edital “I Prêmio Literário Dalcídio Jurandir”. A lista com os 10 selecionados em prosa e os quatro em poesia foi divulgada oficialmente por Moisés Alves, assessor da Editora Pública do Estado Dalcídio Jurandir, da Ioepa, após o prazo para receber recursos, previsto no edital, ter se esgotado. “Agora, passado o prazo dos recursos, podemos divulgar o resultado final dos selecionados. São 10 autores na categoria prosa e quatro na de poesia. As entrega solene das obras está prevista para o dia 1º de dezembro”, disse Moisés Alves. O edital foi lançado na 23º Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em agosto de 2019, após a assinatura do decreto do governador Helder Barbalho que instituiu a Política Pública de Edições e Publicações de Livros do Estado do Pará. As inscrições ocorreram de 4 de novembro de 2019 até 14 de janeiro de 2020.
Para o integrante da editora pública, a premissa de abrangência do edital também foi cumprida, já que, das 12 microrregiões do Pará, autores de 10 delas foram contemplados. Para Jorge Panzera, presidente da Ioepa, destacou a importância do edital para a divulgação de novos autores e de obras inéditas. “São 14 autores que vão apresentar ao público seus trabalhos em prosa e poesia. Isso mostra a força de nossa literatura. Vamos agora preparar os livros para a publicação e o lançamento em dezembro”, disse Panzera.
O presidente expressou seu agradecimento à dedicação e empenho da equipe da editora pública e também ao corpo de jurados, destacando a pluralidade das vozes dos jurados. “Tivemos escritor de Santarém, professor de Altamira e especialistas de áreas ligadas à escrita e à literatura de formações diferentes, que fez com que o trabalho de julgar as obras tivesse um olhar das várias realidades culturais do Pará”, opinou Jorge Panzera.
Panzera também parabenizou os autores selecionados e anunciou o desejo da autarquia de lançar o segundo edital em dezembro deste ano, durante o lançamento das obras escolhidas agora. “Vamos buscar aperfeiçoar o certame, torná-lo ainda mais abrangente, olhando o Estado como um todo e não só aqui na região metropolitana, para valorizar a literatura paraense, incentivar a produção e o lançamento de novos autores, já que somos um Estado de literatura rica e com grandes autores em sua História”, afirmou o presidente da Ioepa
PERCURSO TRANQUILO - Moisés Alves destacou a lisura do edital e a transparência de todo o processo que envolveu o “I Prêmio Literário Dalcídio Jurandir”. “O edital teve um percurso tranquilo, sem questionamentos. Isso demonstra a transparência do processo e a boa aplicação do recurso público”, opinou o integrante da editora pública da Ioepa. Ele informou que a Imprensa Oficial seguiu fielmente todos os prazos do edital, com algumas prorrogações de prazo no meio do percurso, para dar o máximo de oportunidade a todos que quisessem se inscrever.
Ele lembrou que ainda que mesmo com a pandemia do novo coronavírus, a editora pública e a comissão julgadora mantiveram o trabalho para cumprir os prazos exigidos pelo edital. O certame teve mais 130 inscritos. Destes, passaram por uma comissão de habilitação, que selecionou 70 autores e, depois, a comissão julgadora avaliou o mérito das obras, para chegar ao resultado final. Moisés Alves também elogiou o trabalho exigente e sólido da comissão julgadora. “A comissão fez um julgamento criterioso, baseado na qualidade e solidez literária das obras. Tanto que na categoria poesia, a comissão selecionou quatro obras, das dezenas inscritas”, observou. Moisés anunciou que todos os inscritos na categoria poesia serão convidados pela Ioepa a participar de uma oficina de poesia e que o resultado dessa iniciativa será divulgado em uma coletânea pela Imprensa Oficial do Estado do Pará.
EXPANSÃO - O coordenador da editora Púbica Dalcídio Jurandir, Rodrigo Moraes, lembrou que o edital é fruto da política de interiorização e expansão das atividades da editora e da Ioepa. “O prêmio literário veio no sentido de garantir maior participação do público que produz a literatura no Pará; promover a inclusão de todas as regiões paraenses; e fazer uma política pública que desse oportunidade a quem não tinha chance de divulgar e publicar seu trabalho. Serão 11 livros a serem lançados, sendo 10 de prosa e um de uma coletânea de poesia, que mostram uma parte do grande panorama que é a nossa arte literária do Pará”, disse Rodrigo Moraes.
Os selecionados para o “I Prêmio Literário Dalcídio Jurandir”, foram:
Na CATEGORIA PROSA foram:
- TAION REHM COSTS DE ALMEIDA - Região Araguaia (Pedra Preciosa – Ou a incrível aventura que o garoto Heliodoro...);
- FRANCISCO EGON DA CONCEIÇÃO PACHECO – Região Baixo Amazonas (Marias e Encantarias II - Num tempo do era ...);
- AIRTON SOUZA DE OLIVEIRA – Região Carajás (Receita para angustiar o amor no coração da noite);
- FELIPE FIGUEIREDO DE CAMPOS RIBEIRO – Região Guajará (Ínfimas Infâmias);
- MARCOS SAMUEL COSTA DA CONCEIÇÃO – Marajó (O Cheiro dos Homens);
- JOÃO PEREIRA LOUREIRO JUNIOR – Região Caeté (As Cores da Meia-Noite);
- LINCOLN CAMPOS PEREIRA – Região Rio Capim (Sapinho Perereco e o Grilo Saltitante);
- JOÃO GABRIEL DOS SANTOS BRITO – Região Tocantins (Pelo Caminho do Rio Envelhecido);
- FERNANDA KARLA MIRANDA DALMAM – Região Xingu (Inveja).
Na CATEGORIA POESIA:
- MARIA DE FÁTIMA ARAÚJO TELES – Região Araguaia (O Boi Pavulagem),
- IGOR BARBOSA MARQUES – Região Guajará (Sem mais, adeus!),
- ADALBERTO MARCOS DA SILVA – Região Carajás (Somos Terra, Somos Água, Somos Vida)
- NATHÁLIA DA COSTA CRUZ – Região Guajará (Cobaia).
COMISSÃO JULGADORA - A comissão julgadora foi formada por Paulo Jorge Martins Nunes doutor, escritor, professor titular – graduação em Letras e programa de mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura – da Universidade da Amazônia (Unama); Edvaldo Pereira, escritor, graduado em Arqueologia, jornalista e reporte fotográfico; Fernando Jorge dos Santos Farias, doutor, professor efetivo da Faculdade de Letras Dalcídio Jurandir, da Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campus Altamira; José Maria Varela Pereira, jornalista, foi repórter no Jornal do Dia e colaborador do jornal O Liberal; Pedro Felipe da Costa Gama, professor, graduado em Letras pela UEPA e integrante do Núcleo de pesquisa de Cultura e Memórias da Amazônia, e membro do Grupo de pesquisa de contadores de histórias; Luis Heleno Montoril Del Castilo, doutor, professor efetivo da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Pará, graduado em Língua Francesa, Direito, com mestrado em Letras pela UFPA e Pós – Doc Capes na Sorbonne Nouvelle; Eliane Pereira Machado Soares, professora da Unifesspa, graduada em Letras, mestra e doutora em Linguística. Moisés Alves presidiu a comissão julgadora, mas não teve direito a voto na seleção das obras.
Texto: Ailson Braga
Foto: Eduardo Rosas
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