Pioneiro no Brasil ao lançar um Plano de
Bioeconomia, o Governo do Pará segue firme com o objetivo de promover a
transição para uma economia de baixo carbono. No total, só em uma iniciativa,
já foram implementados, em ações, mais de R$1,2 milhão nas atividades de
estímulo ao empreendedorismo social por meio da iniciativa Inova Sociobio, que
integra a agenda de bioeconomia no Pará.
Em um ano, as ações conduzidas pela Secretaria de
Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas), em parceria com a The Nature
Conservancy (TNC), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e
Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega (NICFI, na sigla em
inglês), já garantiram a implantação de seis pontos de inovação de bioeconomia
em territórios de povos e comunidades tradicionais localizados nas regiões do
Marajó, Baixo Amazonas e Tocantins.
Ao todo, as atividades desenvolvidas nesses
territórios também ofereceram capacitação a 420 membros de comunidades
tradicionais, com prioridade para a juventude e mulheres, com o tema do
empreendedorismo e inovação para a bioeconomia e a realização de 30 mentorias
para os bionegócios, com workshops de cultura empreendedora, inovação, painéis
sobre bioeconomia e acesso a mercados.
“O projeto Inova Sociobio é muito importante,
principalmente para nós aqui do Marajó que, apesar de ser uma região que tem
muita visibilidade turística, ainda precisa se desenvolver. Esse projeto trouxe
para a comunidade oficinas de biojoias para trazer mais a nossa ancestralidade,
além de oficinas de manejo florestal e de plantio. O Inova começou aqui com o
diálogo com a comunidade, depois que vieram as oficinas, então o projeto é
muito bom porque começa com esse processo de construção coletiva e ainda
estimula a conscientização sobre o cuidado com a floresta, o plantio e o
fortalecimento e cuidado com a nossa juventude”, diz Valéria Carneiro,
liderança Quilombola do município de Salvaterra e uma das beneficiárias das
ações do Inova Sociobio.
Transição econômica - Mauro O’de Almeida,
secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), destaca que o
objetivo principal do Estado com as ações do Plano de Bioeconomia é pavimentar
a transição socioeconômica do Estado por um caminho de baixo carbono com foco
no desenvolvimento sustentável e inclusivo.
“O nosso objetivo é promover as bases da transição
econômica do Estado para uma economia de baixo carbono, com foco no potencial
mapeado de geração de receitas a partir da bioeconomia como um de nossos
pilares, estudos indicam o potencial de até 30 bilhões de dólares até o ano de
2040 e outros 120 bilhões de dólares com a exportação de bioprodutos
florestais. Esses são objetivos que constam no nosso plano e que estão no nosso
norte, por isso, destacamos o Inova Sociobio, como um projeto que fomenta o
empreendedorismo e a inovação em cadeias da sociobioeconomia de povos
indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, beneficiando principalmente
jovens e mulheres”, destaca o secretário.
O titular da Semas destaca, ainda, a entrega dos
‘pontos de inovação’ nos territórios escolhidos através de edital.
“Com as ações do Inova Sociobio, já entregamos
pontos de inovação nos municípios de Oeiras do Pará, Curralinho, Gurupá, Belterra,
Salvaterra e Moju. São espaços multifuncionais para o desenvolvimento de
oficinas de estímulo ao empreendedorismo social, negócios de impacto e
tecnologias sociais à comunidade. Agora, esta ação está em fase final e o
próximo passo, já em setembro, será a realização de workshops para verificar as
entregas de cada comunidade”, complementa o secretário.
Com mais de 90 ações previstas, envolvendo 14
secretarias do Governo, já com orçamento em implementação em 2023, o Plano de
Bioeconomia do Pará é o primeiro do Brasil e confere potencial ao Estado para
ser líder nacional nessa área. Entre as próximas ações previstas no Plano a
serem implementadas estão a abertura de uma linha de microcrédito diferenciado
para Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCTs), a
implantação do Parque de Bioeconomia, em Belém, além da ampliação das ações do
Inova Sociobio para 20 comunidades em 2024.
Fonte: Ascom IOEPA