Com a realização dos eventos "Diálogos
Amazônicos" e "Cúpula da Amazônia", no início de agosto, foi
iniciado o planejamento de uma programação que vai enfatizar o destaque do Pará
nos cenários nacional e internacional: a 30ª Conferência das Nações Unidas
Sobre Mudanças Climáticas, COP 30, sediada em Belém no ano de 2025. Com isso,
há também expectativas para a melhoria de índices de outras áreas relacionadas
à qualidade de vida da população, como a geração de empregos.
O governador Helder Barbalho já determinou que a
prioridade é recepcionar da melhor forma os visitantes que o Pará está
recebendo desde já por conta da COP 30. "Estamos, junto com o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) fazendo um
levantamento de quais profissões, quais atividades serão aquecidas por conta da
Conferência. Serão cerca de 70 mil visitantes, de fora do Brasil, inclusive,
somente durante a programação em 2025, por um período de duas, três semanas.
Isso significa muita movimentação na capital, e com aquecimento no setor de
Serviços: bares e restaurantes, transportes, serviços de estética, serviços
financeiros. A Construção Civil também será um setor bastante atingido
positivamente, já que haverá construções, reformas, ampliações", antecipa
o titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e
Renda (Seaster),
Inocencio Gasparim.
O turismo também é uma área que deverá receber
muito incremento, com a formação de guias turísticos e treinamento de gerentes
de pousadas e hotéis. "O Pará tem tido performance boa quando o assunto é
geração de novos postos de trabalho. Só no ano passado, o Estado contratou
cerca de 420 mil pessoas, e a tendência é crescer em 2024 e atingir o ápice em
2025. Nossa população que está em busca de emprego deve buscar qualificação já
com foco em ocupar as vagas que estão surgindo e vão surgir, tanto com carteira
assinada como na área do empreendedorismo", ressalta Inocencio Gasparim.
"A gente espera que isso ainda continue no pós-COP 30. Nossa expectativa é
que passemos a receber grandes eventos, e assim movimentar a economia, o
consumo", informa o secretário.
O supervisor Técnico do Dieese/PA, Everson Costa,
confirma que a perspectiva é de que até a realização da COP 30 sejam realizados
diversos eventos correlatos, que vão gerar novos empregos formais. "A
gente deve também ter muitos empregos na informalidade, ocupações no campo da
mobilidade, na área de prestação de serviços. Haverá uma grande movimentação,
principalmente na capital, nos setores de serviço, que demandarão muita
qualificação, e da construção civil. Nossa rede hoteleira será ampliada. A
infraestrutura de mobilidade deverá ser ampliada e fortalecida, e ainda teremos
um legado de equipamentos turísticos que servirão para atrair mais visitantes,
seja para o turismo religioso, turismo de negócios e/ou turismo
ecológico", acrescenta o supervisor.
Segundo o titular da Setur, Eduardo Costa, o
turismo é a grande indústria do século XXI, capaz de gerar emprego e renda,
sendo responsável por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
O secretário afirma que a preparação para a COP-30
já começou. "Entre as obras planejadas para impulsionar ainda mais o
turismo paraense, visando à COP-30, podemos citar a requalificação da Área de
Proteção Ambiental (APA) do Combu, implantação do terminal turístico da Ilha do
Combu, implantação de infraestrutura do Parque Turístico e Ambiental em
Marituba, além de cursos de qualificação para atendimento ao público e
implantação de infraestrutura e sinalização turística. São obras de
equipamentos turísticos e capacitação, qualificação de mão de obra. Não há
dúvidas que o turismo é uma grande alternativa econômica, que desenvolve toda
uma cadeia de serviços, como hospedagem, agências de viagens, restaurantes e
uma série de atividades associadas. Vamos aproveitar a oportunidade da
COP e fazer com que esse legado já sirva para que Belém seja, de forma efetiva,
transformada em uma grande capital da Amazônia”, pontua.
Fonte: Ascom IOEPA